janeiro 19, 2013

O amor é tudo isso


Deu vontade de falar de coisa boa, desde a infância até um casal de velhinhos de mãos dadas. Falar da sensação de uma mão mínima de um bebê qualquer na fila do supermercado segurando seu dedo indicador com todos aqueles dedinhos gordos, o gosto de comer aquela comida que estava com vontade a semanas e ter o sabor do jeitinho que esperava, o som da risada daquela criança no colo do pai enquanto o mesmo faz cócegas e assopra sua barriga, o olhar apaixonado de alguém que te ama olhando no fundo dos teus olhos, o coração palpitando forte e alto quando se está prestes a fazer algo pela primeira vez, o reencontro com alguém que sentia falta, o cachorro vindo dar uma lambida no seu rosto quando chega da escola, do trabalho, ou da festa tarde da noite. Aquele momento em que ao longe avista alguém que gosta muito e corre em direção á ela para um abraço apertado, o aconchego dentro de um abraço, o sabor de um beijo com amor, os olhares trocados tímidos quando se gosta em segredo, o amor em segredo, as mãos trêmulas, as pernas bambas, os sonhos acordados no meio de uma tarde, as músicas que dizem por si só, os refrões que leem corações, estrelas que realizam pedidos ou simplesmente os escuta, a lua que separa e aproxima amantes dos quilômetros, um alô vindo do outro lado linha, uma mensagem inesperada no meio da noite dizendo que sente sua falta, uma flor entregue sem motivos, um beijo surpresa, uma cama compartilhada. Falar da infância, lembrar dos primos, irmãos, vós, vôs, tios, tias. Relembrar a felicidade quando tinha bolo de chocolate na mesa e a vasilha da massa ao lado só para você "limpar", a correria de um pega-pega, os gritos do esconde-esconde, os joelhos ralados, o beijinho de mãe que sara, o uniforme da escola, os pés descalços, o fôlego de correr, mergulhar e voar. Hoje sobra a saudade da inocência, da crença em contos de fadas e para sempre, da família sempre reunida sem se importar com brigas daqui e dali, da vontade de ser adulto, de um beijo que cure as feridas de dentro... Saudade de ser criança e ouvir o próprio riso gostoso e sincero. Lembra? Deixa lembrar, e traz de volta. Volta a sorrir sem ser com essa carapuça que você veste todo dia pra agradar os outros, se agrade. Volta a deixar a família entrar na tua casa, vida e rotina. Volta a fazer bolos de chocolates para você mesmo e lamba a vasilha, só pra sentir um gostinho de infância na boca. Volta a amar, porque amor é tudo isso.

O blog está com alguns problemas nos comentários, como alguns já devem ter percebido. Logo mais arrumarei isso (ou não, porque não faço ideia como consertar). E... Sei lá, volta a amar. 

2 comentários:

Dienifer Reis disse...

Adorei o texto, tem meme pra vc lá no blog bjs
http://umaescritoradecadente.blogspot.com.br/2013/01/meme-11-things-about-me.html

Gabriela Furtado disse...

Quantos gestos pequenos podem nos fazer feliz, não é?
Beijos, beijos