agosto 23, 2010

A volta do que nunca partiu

Guardei tudo em um pote. Tampei, amarrei, lacrei. Joguei no rio. Não tinha chances de voltar, nenhumazinha, ele se fora. Me sintia mais leve, mais livre, mais feliz. Sem ele tudo seria mais fácil, a vida voltaria a ter aquele brilho da infância, ele não me faria a mínina falta.
Aquela tarde foi dura, o rio dos meus olhos escorreram por horas, a tampa do meu coração fora fechada, meus olhos amarrados para nunca mais ver ninguém, e minha boca lacrada. Gritei. Era a dor, era a dúvida, eram os mil sentimentos a mil por hora. Não aguentava mais, o amor tinha que ir embora!
É estranho não sentir nada, não sentir aquela fanfarra inteira batendo aqui dentro, aquela tremedeira toda quando te via.. Ei, quem é aquele ali se aproximando? Oh não. Merda. E a boba aqui achando que o destino estava a seu favor. 
Ele está aí na minha frente, ele está aqui dentro.
Minha avó dizia "onde tem fumaça, tem fogo", pois então eu digo: onde tem coração, tem amor.
O coração ainda está aqui. Ele voltou. sequer havia partido


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(logo mais postarei no Cagadas em Série, aguarde)

4 comentários:

Thais Miranda disse...

Own *-* é, realmente, isso nunca vai emora, mesmo achando que sim!

Bia Oliveira:. disse...

awn q lindo, e sim, achamos inúmeras vezes que o destino está ao nosso favor, e sempre há amor no coração, por mais oculto q ele esteja, ele existe e mais cedo ou mais tarde ele vai "aparecer"

Unknown disse...

Liiiiiiindo texto!

Claínne Félix disse...

Muuuito lindo seu texto! *-*