fevereiro 02, 2012

Blog do mês: Gabito Nunes

Não poderia deixar de comentar sobre esse escritor que cada vez mais anda ganhando espaço com suas palavras, sim, vamos falar um pouco de Gabito Nunes!


Gabito Nunes é escritor, nascido em Porto Alegre - RS em fevereiro de 1982. Publicou livros de contos como "A Manhã Seguinte Sempre Chega" e "Não Sou Mulher de Rosas", além do eBook de crônicas "O Tudo Que Sobrou". Colaborou com algumas revistas, como Gloss e Ragga, ganhou o prêmio Top Blog 2010 com o extinto 'Caras Como Eu'. Escreve prosa de ficção e está preparando para breve seu primeiro romance, chamado "Ao Norte de Mim Mesmo", que fala sobre música e perseguições a ex-namoradas. "Tenho fixação pelo nome "Ana", sou antissocial, um fracasso espetacular em tudo que faço, e encho minha cara com café e barba. Meus autores favoritos são John Fante, Jack Kerouac, Charles Bukowski, Woody Allen, Alain de Botton, J.D. Salinger, Caio Fernando Abreu e Milan Kundera. Também sou viciado em Nick Hornby, logo, adoro listas." *
Me encantei com sua escrita logo de cara, gosto de caracterizá-lo como inovador, pois sua escrita, muito rica á propósito, está sempre relacionada com o dia a dia, as dificuldades de relacionamentos, as dúvidas, os medos, assuntos diversos que todos se encontram. Além do mais, todos os textos têm uma música tema, que devo confessar que são ótimas! 
Separei algumas de suas frases preferidas, espero que gostem:

"Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase."

"Evito olhar direto no seu rosto pra não dar aquela vontade insana de querer uma porção de coisas contigo."

"Me diga que está triste, eu consolo. Me diga que nunca foi tão feliz, eu concordo. Me ame ou me odeie. Me mande pra puta-que-o-pariu ou me convide pra ir com você. Exploda na minha cara ou se derreta na minha mão. Deixa eu te ver morrendo de tanto rir ou com vergonha das olheiras de tanto chorar. Só não me esconda o rosto. Me abrace, me esmurre, me lamba ou me empurre. Só não me balance os ombros. Não me perturba assistir tua dor nem acompanhar teu gás. Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe."

E lá vai uma das que eu mais gosto:

Se você já assistiu “(500) Dias Com Ela” sabe do que estou falando. Vinte e cinco segundos. Eu contei. Vinte e cinco segundos podem representar sua ruína. É o tempo que dura aquela cena no elevador, quando Tom está escutando “There Is a Light That Never Goes Out” e ela, graciosamente chega perto diz “Eu amo os Smiths!” e ainda canta um trechinho da canção feito um gatinho doente, dançando com olhos e pescoços e franjas e todos aqueles quilômetros de lábios róseos feito morango em foto publicitária. Vinte e cinco segundos, cara. E você foi surrupiado de si mesmo e está fodido por uns cinco anos.

Um comentário:

Elania Costa disse...

nha. Eu não conheço muito do autor, foi bom saber. É.