novembro 01, 2011

De novo



Depois de muitos anos me coloquei a imaginar meu futuro contigo novamente. Sinto-me uma idiota por fazer isso. De novo. De novo a dor da ausência. De novo a dor da perda. De novo as lágrimas. De novo o amor doentio. De novo, e de novo, e de novo... Aquele mesmo sentimento, sim, o das borboletas no estômago e dos brilhos nos olhos, me invadiram com tanta força que senti minhas pernas bambearem. És tu, amor, de novo, batendo na porta do coração pedindo pra entrar. Mas as lágrimas também vieram, disseram um não bem grosso á tu na parte, mas continuaram seguindo teu caminho com os olhos pela fresta da janela.
Cá estou eu, pelas frestas da vida, acompanhando a tua vida longe de mim. Teve um tempo que eu acreditei que meus olhos já haviam se cansado de esperar-te e procuraram novos horizontes, que boba viu, eles nunca pararam de dar uma espiada, mesmo que rápida, no que fazias. Sempre tão bem, tão feliz, tão bonito... Essas recaídas me desmontam inteira. Vontade de correr até você, gritar-lhe meus sentimentos e chorar-te minhas saudades, depois aperta-te num abraço pra não soltar nunca mais. Pra não precisar ficar esperando que tu olhe, no canto esquerdo da janela, uma menininha com os olhos marejados a te olhar. A te amar. 
A causadora de toda essa nostalgia fora uma simples foto, uma das tantas que tu vive postando, mas essa eu me peguei analisando-a por longos minutos. Como crescera, o cabelo mudara, o rosto ficara mais maduro só que com o mesmo ar de moleque levado de sempre. Tinha algo a mais na foto, alguém que eu já ouvira falar mas custava acreditar. Ela. Como tu, que sempre me pareceu tão esperto, conseguira um alguém daquele jeito? Não sou de julgar, mas é difícil não sentir raiva ao ver com alguém que eu sei, todos sabem, que não te merece. Mas será que eu realmente mereço? Tu me mereces? Ambos merecemos esse amor que guardo? Mesmo que a resposta seja não, o amor daqui de dentro não sairá tão fácil. Afinal, fora o primeiro. 
Eu, que nunca pensara em firmar uma relacionamento com ninguém, imaginei como seria se nos casássemos. Se um dia eu vestisse aquele longo pano branco e fosse, a passos lentos, te encontrar no fim do caminho onde estaria vestindo um terno. O padre começaria a cerimônia, tu já de olhos marejados choraria na hora do "sim" e eu já não me cabendo em mim pularia em teus braços e agradeceria aos céus por te ter comigo. Sonho bobo! Não quero casar, não quero ter alguém com quem dividir uma cama de casal todos os dias e muito menos um banheiro, mas se tu quiser, no futuro, pode ir lá em casa e ficar uma temporada. Te quero pra sempre, e sempre, e sempre... Pois o amor que eu sinto por ti invade-me de novo, e de novo, e novamente. Te amo.

Primeiramente eu peço desculpas pelo sumiço, ando tão atarefada que mal tenho tempo par vir aqui no computador. Escrever então, nem se fala. Esse texto é antigo, não estou assim apaixonada (o que é uma pena, pois não consigo escrever nada que preste) ando muito feliz por sinal (o que também é ruim por um lado, pois mal consigo formular uma frase). Enfim, quero que saibam que eu JAMAIS vou abandonar isso aqui. Um grande beijo e eu queria um pouco de paciência em relação a responder comentários, tá realmente difícil de dar conta de tudo. Beijo grande!
ps: ando meio viciadinha no facebook, então quem quiser manter contato aqui está o meu perfil, eu adiciono todo mundo. (clica aqui)

6 comentários:

Jeniffer Yara disse...

Mais uma vez me pego naquelas fases em que não acredito mais em nada, nem ninguém, e que tenho raiva desse sentimento que chamam de amor. Mas quando leio seus textos, eu suspiro novamente, e penso novamente nele, de uma maneira já diferente. E confirmo que ele existe, que ele vale á pena, mesmo com todas as dores que ele pode causar.

Beijos

Larissa. disse...

céus, como gostaria que você tivesse mais tempo para postar aqui, escreve tão, mas tão perfeitamente!
adorei mil vezes! volte logo!
beijos!

Unknown disse...

Eu ainda acho que tudo nessa vida tem seu lado bom e seu lado ruim. Algumas vezes, é mais visivél o lado ruim da coisa, mas isso não significa que ela não tenha lado bom.
Em todo caso, só sentimos falta daquilo que marca de alguma maneira, seja ela boa ou não. Existem pessoas das mais diversas formas, dos mais diversos jeitos e genêros, capazes de nos deixar bem confusos quanto a tudo que possa interfirir em nossa vida e na vida de quem está por perto.

Ultimamente, o que mais se vê são pessoas não dando valor à outras porque acham que elas serão pra sempre. O tempo passa, as coisas mudam e esse pensamento continua sempre o mesmo. Dificil é saber quando alguém fala realmente a verdade, se devemos acreditar ou não.

Eu adoro muito a sua forma de escrever. Você é uma menina rara!
Um grande beijo,

Pedro

Ana Luiza Cabral disse...

O amor pode até ser constante, mais o sentimento não passa quando não tem que passar.

Minha falta de tempo tem tomado conta de mim, estava com saudade de lê-la. É sempre lindo aqui, um beijo.

Anônimo disse...

Belíssimo como sempre. Me achei em cada palavra que você disse. Parabéns pelo lindo texto, cheio de sentimentos.

Yasmin disse...

sou disso. Recaídas que resultam em espiadinhas na vida de quem nem sequer lembra de nós. E quando não, o pior, espiar e encontrar coisas que não deveriamos ter encontrado...
Adorei o texto, Lara!